não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
(...)
O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida(...)
Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.
(...)
Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.
(do livro: A rosa do povo. autor: Carlos Drummond de Andrade. editora: Record.)
Professora estou com muitas saudades !!!! Beijos da Julia da turma 704 e agora na turma 804 !!!!
ResponderExcluirOi querida,
ResponderExcluirque saudade de vocês, meus meninos levados da turma 704. Que bom que agora você já é da 804, né? Mas ó...não sofra com a saudade não. Saudade é sentimento bom, gostosinho de lembrar de como era. Mas o futuro já está aí, batendo a porta da turma 804. Boa sorte, querida. Quando a saudade apertar...sua professora continua aqui no blog, tá? Beijocas